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Campanha Bandeirante

O Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo – IPEV iniciou os primeiros Ensaios em Voo da Campanha Bandeirante, com o objetivo de atualizar os gráficos de desempenho em subida da aeronave C-95 na configuração de decolagem.

A campanha será dividida em três fases. A primeira e a segunda fase serão realizadas no aeródromo de São José dos Campos (SBSJ) a fim de adquirir dados para a confecção dos gráficos de gradiente de subida, do gráfico WAT monomotor (parametrizado pelo peso, altitude e temperatura) e as velocidades de maior razão e de maior ângulo de subida. A terceira fase irá verificar a aplicabilidade dos gráficos do C-95B de distância de decolagem e de distância de aceleração e parada, utilizando flap na posição 0%, para o C-95A. Na terceira fase serão realizadas decolagens em outras localidades fora de São José dos Campos para adquirir diferentes combinações de temperatura e altitudes do envelope da aeronave, representativas de todo o território nacional.

Para iniciar os procedimentos de ensaios em voo o 1º/5º GAv cedeu a aeronave C-95AM FAB 2296, que será utilizada exclusivamente na campanha. Com a chegada da aeronave no IPEV foram iniciados, pela Divisão de Suporte Técnico (EST), os trabalhos para instrumentar o FAB 2296, instalando sensores para coletar os dados e imagens necessários às análises que serão realizadas durante a campanha. Uma vez instrumentada a aeronave a mesma passou por um processo de emissão da Permissão Especial de Voo (PEV), pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) para poder realizar os voos em condições diferentes das configurações de série aprovadas.

Essa operação complementará as informações do manual da aeronave C-95A e de modo a proporcionar meios de operação mais seguros para as Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira. “Essa campanha cobrirá uma lacuna aberta há muitos anos na operação do C-95. O manual do C-95A não deixa claro qual são as velocidades de melhor subida na configuração de decolagem e não possui um gráfico de gradiente de subida nessa condição”, informou o Maj Av Marcelo Bittencourt Vautier Franco, piloto de prova responsável pela campanha.

A atividade de Ensaios em Voo na FAB tomou maior vulto no início dos anos 70, quando a Força Aérea Brasileira enviou um piloto e um engenheiro do CTA para a escola de ensaios em voo da França “École du Personnel Navigant d’ Essais et de Réception” (EPNER).

Com o desenvolvimento contínuo da indústria aeronáutica nacional e o consequente aparecimento de projetos, como o T-25 Universal, T-23 Uirapuru e principalmente o C-95 Bandeirante, sentiu-se a necessidade de aumentar o efetivo de pessoal especializado. Assim, outras equipes de pilotos e engenheiros foram enviadas para as renomadas escolas de ensaios em voo: EPNER (França), “Empire Test Pilot School” (Inglaterra) e “USAF Test Pilot School” (Estados Unidos).

Em 15 de setembro de 1986, iniciou-se o 1º Curso de Ensaios em Voo – modalidade Asa Fixa (CEV - AF), para formação de pilotos e engenheiros de prova no Brasil, com a mesma qualidade de ensino das escolas já conceituadas no exterior, tendo seu reconhecimento internacional por parte da “Society of Experimental Test Pilot”, em 2004.

Em 10 de fevereiro de 2006, foi criado o Grupo Especial de Ensaios em Voo (GEEV) e em 09 de março de 2011 tornou-se Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), com a capacidade de apoiar a FAB em várias atividades como integração de armamento, avaliação de aeronaves e complemento de manual, a fim de aumentar a operacionalidade da Força Aérea Brasileira.

Texto: Comunicação Social do IPEV - Fotos: Comunicação Social do IPEV

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